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Tuesday, March 13, 2007

FRIENDS FROM BRASIL - HOSTEL BUENOS AIRES - HOSTEL COLONIAL - PORTUGUÉS TRANSLATION

Relato de viagem de um mochilão de 15 dias pela Argentina - Leonardo Caetano

Foi a primeira vez que saí do Brasil e, pior, sozinho! Isso tornou a viagem especialmente única!

A idéia inicial era passar 21 dias em território hermano, mas em cima da hora reduzi para apenas 15 dias. Com esses seis dias, saíram do roteiro as estadias em El Calafate e El Chaltén, bem ao sul da Argentina. Fui com tudo planejado, ou seja, quais atrações e locais que iria visitar na viagem. Porém, alterei bastante o planejamento durante a própria viagem. Por sorte, com a diminuição da viagem, sobraram três dias que acrescentei na estadia em determinadas cidades quando preciso. Poderia ter mantido o planejamento e conhecido El Calafate, mas preferi uma viagem um pouquinho menos corrida, porém mais proveitosa. Calafate e Chaltén já estão agendadas para a próxima!

Ah, os valores são em pesos argentinos, salvo quando houver o “R”, de reais, na frente do cifrão ou US, significando dólares norte-americanos. Na época da viagem, UM real equivalia a cerca de SETENTA centavos de peso argentino.

Roteiro: Rio de Janeiro – Buenos Aires – Mendoza – San Carlos de Bariloche – Puerto Madryn – Buenos Aires – Rio de Janeiro Duração: 15 dias Gastos: Gasto total de R$ 1.600,00

Buenos Aires (três dias – 12 a 14/10) Consegui passagens de ida e volta a R$ 610 pela Gol. Houve atraso para sair do Galeão, no Rio de Janeiro, e na escala em São Paulo. No fim cheguei a Buenos Aires com uma hora de atraso.

Pesquisei muito para saber qual o melhor jeito de levar grana para a Argentina e não consegui chegar a uma conclusão. Arrisquei um pouco levando apenas US$ 220 no bolso e meu cartão de crédito Mastercard, de débito Maestro (ou Redeshop) e o cartão do Banco Itaú, onde tenho conta. Há caixas eletrônicos do Itaú em Buenos Aires e Mendoza, onde saquei diretamente em pesos com a cotação oficial. Foi uma ótima! Uma dica é trocar os dólares no próprio aeroporto no guichê do Banco de La Nación Argentina, pois trabalha com a cotação oficial. Outra: dá pra trocar os pesos por dólares de novo na hora de voltar, se o avião sair de Buenos Aires. Não sei quanto às outras cidades.

Fiquei no albergue Colonial Youth Hostel que fica na Calle Tucuman e o dono é um uruguaio gente boa que já morou uns meses no Brasil e ajuda aos que, como eu, falam apenas "portunhol". A diária custa $26. O albergue é muito próximo a diversos pontos turísticos portenhos no Centro da cidade.

Aproveitei o resto da tarde do dia que cheguei (lá escurece um pouco mais tarde do que no Brasil) e dei uma volta para reconhecimento do local. Consegui visitar nesse curto período o Obelisco, a Avenida 9 de Julio, o Teatro Colón, a Plaza Lavalle, a Avenida Corrientes, o Teatro General San Martín e seu centro cultural, a Calle Florida, o Teatro Nacional Cervantes e o Palacio de Justicia – destaque para os sete primeiros. No centro cultural do teatro S. Martín tem sempre uma exposição legal. Quando fui tinha uma exposição fotográfica. No teatro tem peças com preço acessível, para aqueles que curtem teatro e entendem espanhol.

No segundo dia, fui andando até a Plaza San Martín e à Torre Monumental (antiga Torre de los Ingleses), e visitei o Palácio San Martín. Achei a praça muito bacana, mas o palácio estava fechado – apenas tirei fotos da fachada. Próximo da base da torre, se encontra o Terminal Retiro, onde peguei o Tren de la Costa a Tigre e fui à cidade de Tigre. Da Estación Fluvial de Tigre saem barcos toda hora por um pequeno passeio no delta – achei passeios de 40 minutos a 2 horas e meia de duração, porém não fiz nenhum porque só havia casais fazendo o passeio. Fiz uma caminhada pela cidade em direção ao Tigre Club, fazendo uma visita ao Museu Naval no caminho. A caminhada é super gostosa, pois a cidade é limpa, bonita e possui um certo glamour antigo.

É um caminho super agradável, adorei a passagem por lá, apesar do museu não ter nada demais, sendo apenas mais um museu de guerra. A vista do clube é bonita também, mas é um pouco distante da estação. Voltei com o mesmo trem, mas desci na parada em Belgrano, onde encontrei finalmente uma sorveteria da Freddo e provei o inigualável e indescritível sorvete de dulce de leche. Espetacular! É um sorvete surreal. Depois, visitei o Museo de Arte Español, o Museo Sarmiento e a Basílica Nuestra Señora del Rosário que é linda demais. Quanto aos museus, não achei nada demais. Continuei a jornada pegando o metrô – ou subte, como é chamado na Argentina – de Belgrano até Palermo. Essa linha do metrô possui vagões bem antigos e pequenos, com um certo ar de submundo. Porém, bem legal! Palermo é um bairro lindo demais. O tempo passa fácil quando você está por lá. Prédios com arquitetura moderna e um parque gigantesco – o Parque 3 de Febrero. O parque é muito bem cuidado, onde crianças brincam, jovens jogam bola, casais namoram, famílias passeiam, pessoas correm, caminham, pegam sol etc. Foi um bom lugar para me revitalizar, afinal andei bastante! Visitei a galeria de arte que tem por lá, andei um bocado pelo parque, fui ao Planetario Galileo Galilei, ao Jardín Japones e à Plaza Alemania. Adorei tudo que fiz por lá, só me arrependi de não ter ido ao zoológico, pois falaram muito bem dele. Quanto ao jardim, ele é muito bonito, apesar de ser um passeio bem romântico. Deu muita saudade da patroa...

Depois de uma relaxada na praça, caminhei mais um pouco pelo bairro e visitei o Museo Hernandez e o MALBA. O MALBA é espetacular! Com uma arquitetura moderna e exposições maravilhosas, é o melhor museu de Buenos Aires. Saindo do museu, dei uma passada no Museo de Arte Decorativo, que não achei nada demais, e no Museo de Bellas Artes que possui uma fachada bonita e em sua exposição permanente se encontram obras de grandes artistas internacionais e nacionais, como Rodin, Degas, Cézanne, Renoir, Monet, Van Gogh e Portinari, entre outros. É outro museu imperdível! Para fechar o dia, mais um passeio pela Calle Florida e uma visita ao Galerías Pacífico – shopping luxuoso de Buenos Aires. Não é o melhor para comprar barato, com certeza, mas valeu a visita pelo visual.

Como passei os dois primeiros dias em um bom ritmo, resolvi diminuir para três dias minha estadia na cidade. O dia ganho poderia servir para o tempo de viagem entre Madryn e Calafate. Assim, comprei passagem de ônibus pela empresa Andesmar por $120 para Mendoza, semileito. Todos recomendam ficar pelo menos quatro dias em Buenos Aires, mas tomei a decisão na certeza que um dia voltarei lá. Assim, no terceiro e último dia, fui conhecer Puerto Madero, uma área portuária que foi remodelada e possui agora vários bares, restaurantes e boates. Uma área bem bacana, mas que não conheci à noite, pois falam que é uma área muito boa à noite. Em Madero, tem uma boate chamada Opera Bay que custa cerca de $30 a entrada, mas é a mais agitada turisticamente falando. No bairro, também se encontra a famosa churrascaria Siga La Vaca e há uma Freddo no local também.

De Puerto Madero segui a pé para a Plaza de Mayo, onde pude visitar a Casa Rosada, a Catedral Metropolitana – onde está o mausoléu do General San Martín – e dar uma olhada no Cabildo. Uma área muito interessante, mas abarrotada de turistas. O mausoléu do general fica tão cheio que é impossível tirar uma boa foto do local. De lá segui pela Avenida de Mayo, construída nos moldes de Paris, dei uma olhada na estação Perú do subte e visitei o Café Tortoni. No final da avenida, se encontra a Plaza del Congreso, que quando fui estava completamente em obras. Da praça, peguei um ônibus até o bairro de La Boca.

Comecei a conhecer o bairro pelo estádio do Boca Juniors – La Bombonera. Gostaria de ter visto um jogo no estádio, mas o Boca não jogou lá enquanto estive em Buenos Aires. Mesmo assim, para quem gosta de futebol, uma visita ao estádio é essencial. O museu conta a história do clube com bastantes detalhes e é muito bem organizado. Muito próximo ao estádio está a Calle Caminito, famosa pela diversidade de cores de suas habitações. É um local completamente turístico, lotado de turistas e pessoas querendo ganhar dinheiro de qualquer jeito. Porém, é um lugar que respira tango. Em cada dez passos há um casal de dançarinos, seja pousando para fotos, seja dançando. Vale à pena conhecer! E cuidado ao tirar fotos dos casais e filmar se você não estiver sentado em uma das mesas dos restaurantes do local – eles vão te cobrar! Tem que fazer na dechava... Após isso, fui até a Fundación Proa, que não vi nada muito legal e, ali mesmo, na Vuelta de la Rocha, peguei um outro ônibus para o bairro de San Telmo, onde desci no Parque Lezama.

Achei San Telmo um bairro um pouco perigoso. Não sei se era devido ao tempo chuvoso e por ser sábado, mas me senti um pouco inseguro no bairro. No parque, fui ao Museo Histórico Nacional que estava fechado, dei uma olhada na Iglesia Ortodoxa Rusa e peguei novamente o ônibus, pois vi que o tempo estava curto. A idéia agora era voltar para o bairro da Recoleta e conhecer o famoso Cementerio La Recoleta, que eu estava louco para conhecer. Antes de entrar no cemitério, pausa para mais um sorvete na Freddo.

Por mais que quisesse conhecer o local, não esperava muita coisa. No cemitério estão enterradas muitas pessoas importantes para a história da Argentina e outras de famílias ricas. Por essa característica, é visivelmente um cemitério para ricos. A arquitetura do local é rica em detalhes e dá a impressão de ser uma pequena cidade dentro do bairro, com ruas e becos e muito bem organizada. O destaque do cemitério é a tumba de Evita Perón, sempre com muitas flores e lembrada por grande parte dos argentinos. Assim como eu, ela era uma Duarte, ou seja, deve-se procurar pela tumba dessa família no mapa do cemitério. A tumba em si não é bonita, mas vive cheia de gente. Ao lado do cemitério, se encontra a charmosa Basílica Nuestra Señora del Pilar, que vale uma pequena visita. Após isso, voltei para o albergue e fui para o terminal rodoviário para embarcar rumo à segunda etapa da viagem!

Continuará...

OBRIGADO, Hostel Colonial, staff

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